sexta-feira, 11 de junho de 2010

A corrida dos ratos

A corrida dos Ratos
- Trecho extraido do livro "Pai Rico Pai Pobre" - Robert Kyiosaki, Sharon Lechter

"Se você observar a vida das pessoas de instrução média, trabalhadoras, você verá uma trajetória semelhante. A criança nasce e vai para a escola. Os pais se orgulham porque o filho se destaca, tira notas boas ou altas e consegue entrar na universidade. O filho se forma, talvez faça uma pós-graduação, e entrão faz exatamente o que estava determinado: procura um emprego ou segue uma carreira segura e tranquila. Encontra esse emprego, quem sabe de médico ou de advogado, ou entra para as Forças Armadas ou para o serviço público. Geralmente, o filho começa a ganhar dinheiro, chega um monte de cartões de crédito e começam as compras, se é que já não tinham começado.
Com dinheiro para torrar, o filho vai aos mesmos lugares aonde vão os jovens, conhece alguém, namora , às vezes, casa. A vida é então maravilhosa porque atualmente marido e mulher trabalham. Dois salários são uma benção. Eles se sentem bem-sucedidos, seu futuro é brilhante, e eles decidem comprar uma casa, um carro, uma televisão, tirar férias e ter filhos. O desejo se concretiza. A necessidade de dinheiro é imensa. O feliz casal concluiu que suas carreiras são da maior importância e começa a trabalhar aínda mais arduamente, tornam-se funcionários melhores. Voltam a estudar para obter especialização e ganhar mais dinheiro. Talvez arrumem mais um emprego. Suas rendas crescem, mas a alíquota do imposto de renda, o imposto predial da casa maior, as contribuições para a Seguridade Social e outros impostos também crescem. Eles olham para aquele contracheque alto e se perguntam para onde todo esse dinheiro vai. Aplicam em alguns fundos mútuos e pagam cinco ou seis anos e é necessário poupar não só para os aumetos das mensalidades escolares, mas também para a velhice.
O feliz casal, nascido há 35 anos, está agora preso na armadilha da "Corrida dos Ratos" pelo resto de seus dias. Eles trabalham para os donos da empresa, para o governo, quando pagam os impostos, e para o banco, quando pagam cartões e hipoteca.
Você já notou que há uma porçao de contadores que não ficam ricos? E gerentes de banco, e advogados, e correotres de valores e corretores imobiliários? Eles sabem muita coisa, e em geral são inteligentes, mas a maioria não é rica. E como nossa escolas não ensinam o que os ricos conhecem, seguimos os conselhos dessas pessoas. Mas um dia, você esta diriginddo na estrada, preso no engarrafamento enquanto tenta chegar ao escritório e olha para o lado e vê seu contador preso no mesmo engarrafamento. Você olha o outro lado e vê seu gerente de banco. Isso deveria dizer-lhe alguma coisa.
Uma das razões pelas quais os ricos ficam cada vez mais ricos, os pobres, mais pobres e a classe média luta com as dívidas é que o assunto dinheiro não é ensinado nem em casa nem na escola.
O dinheiro não é ensinado nas escolas. As escolas se concentram em habilidades acadêmicas e profissionais mas não nas habilidades financeiras. Isso explica porque médicos, gerentes de banco e contadores inteligentes que tiveram ótimas notas quando estudantes terão problemas financeiros durante toda a vida.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Roda Gigante ou Montanha Russa

Este artigo, eu redigi com base em uma palestra do Professor Henrique Almeida, que foi Presidente da ABNT, Professor da PUC/SP, consultor de grandes empresas em Estratégias Empresariais com Mestrado e doutorado.


Se uma caneta que você esta segurando cair no chão e lhe perguntarem, o que fez com que a caneta caisse no chão? Você poderia responder "foi a lei da gravidade", e não estará errado, ou seja, um fator externo ou fora de seu contrôle o fez.
Porem se admitir que foi você que largou a caneta também estara correto, o que na maioria das vezes é menos provável, vejamos porquê?
O que as pessoas respondem quando perguntamos como estão?:
- "Ah, estou trabalhando muito", isto significa que ela esta sem tempo e cansada, o que é correto;
- "Caramba!, estou com umas dívidas, preciso trabalhar mais e não consigo pensar em outra coisa", esta correta também, as dividas existem e com certeza muitas vezes tiram o sono.
Mas ao fazer estas afirmações, ela esta se fechando para qualquer possibilidade de mudança de rumo, por se afirmar incapaz de redirecionar o pensamento ou de ter tempo disponível para algo mais.
O estado em que ela se encontra é atribuido a fatores externos: o chefe que a sobrecarrega de trabalho, a perda de poder aquisitivo em função do salário sem aumento ha anos, ou seja, a lei da gravidade que derrubou a caneta.
Pode-se dizer que a situação é incomoda, mas ao mesmo tempo confortável, pois esta engrenagem a faz mentir inconscientemente para sí própria, gerando argumentos para não tomar nenhuma iniciativa visando uma mudança do quadro ao auto denominar-se incapaz.
Você já ouviu um fumante falando que tem muita vontade de para de fumar e não consegue? Mas, após o primeiro infarto, o médico lhe diz que se não parar morre e então ele para imediatamente.
Assim somos nós, se não temos algo realmente importante que nos faça mexer para sair da situação em que estamos, infelizmente continuaremos delegando as decisões sobre nossas vidas às outras pessoas.
Se a pessoa for capaz de admitir que a situação que ela se encontra é fruto das decisões que ela tomou no passado, e que se não fizer nada para mudar ( o que também é uma decisão), ela estará algemando o seu futuro, ou seja, continuará desviando de buracos ao invés de parar um pouco, tentar olhar um pouco mais longe para que possa achar um caminho melhor.
A escolha está entre ficar numa roda gigante rodando no mesmo lugar sempre, ou partir para uma montanha russa com seus altos e baixos.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Invasão, casa de graça e perfume no ar.

Qual foi a minha surpresa hoje pela manhã ao assistir ao programa DFTV, da TV Globo-Brasília, quando eram entrevistados alguns moradores da Vila Estrutural extramente descontentes e desconfortáveis com o cheiro do lixo que exalava próximo às suas casas.
O detalhe é que esta localidade e uma conhecida invasão à la Roriz, que foi se proliferando justamente por ali estar um lixão que recebe todos os resíduos produzidos no DF.
Estas pessoas sobreviveram muito tempo catando o lixo sólido e revendendo no mercado de recicláveis, tirando dai o sustento, formando famílias, um verdadeiro curral eleitoral e também foco de criminalidade que assolava toda a redondeza.
O Governo do Arruda em conjunto com o Governo Federal, iniciaram um processo de urbanização, incluindo rede de esgostos, escolas, postos de saúde, posto policial, terminal de ônibus - que antes nem entrava -, juntamente com a construção de casas em substituição aos paupérrimos barracos.
Muitos até já estão contando os dias para as casas ficarem prontas, vendê-las e irem de volta para suas terras ou outro lugar mais afastado, já qeu a localização é nobre pela proximidade com o Plano Piloto.
Mas, os que estão recebendo as casas quase gratuitamente como prêmio pelo ímpeto invasor, estão tendo a petulância de reclamar do cheiro do lixo, que foi justamente o que os atraiu para lá, daqui à pouco vai lá o DFTV para fazer uma reportagem sobre a falta de uma praia ou quem sabe o piscinão para a população.
Quem deveria reclamar de odor de lixo são os habitantes do extremo da Asa Sul, e residências do Lago Sul que tem que conviver com o terrível cheiro exalado da estação de transbordo de lixo que fica ao lado da Vila Telebrasilia, quase em frente à Embaixada do Iraque. Estes sim chegaram lá antes daquele fedorento lugar.
O DFTV tem esta vocação de fazer reportagem para mostrar a indignação dos que vivem fora da Lei. Sempre mostrando a falta de estrutura justo nas invasões, jamais vi uma reportagem deles para mostrar as deficiências de estrutura de Águas Claras, o lugar que tem a maior concentração de classe média do Brasil, todos pagando todos os impostos e morando regularmente, e que ao mesmo tempo nem ônibus tem, sem falar calçadas, sinalização e limpeza pública.

domingo, 6 de junho de 2010

Mais um golpe na classe média do DF

Fruto de uma mal planejada concessão de benefícios de passe livre para o transporte de estudantes, a Lei nº 4462 de 13 de janeiro de 2010, traz em seu bojo bombas de efeitos retardadado que não demoraram muito para estourar.
O que acontece é que foram concedidos cerca de 500 mil benefícios de transporte gratuito para os estudantes do DF, com 54 créditos de passagens para usar no mês, sendo que caso não use as 54 no mês, no mês seguinte há apenas um crédito sumplementar de créditos para completar as 54.
Como nossos administradores são do tempo que se amarrava cachorro com linguiça, não imaginavam que como um estudante precisa em média de 44 por mês, os 10 créditos seguintes começaram a ser usados por não estudantes, já que se pode usar 4 créditos por dia.

Com resultado, o Governo do DF, decidiu que a classe média é que deve pagar o preço pela mancada. Explico: os alunos de escola particular que sejam de famílias com renda superior à 4 salários mínimos voltarão a pagar as passagens.
Acontece que o Df tem algumas particularidades, como um ensino público que embora seja o mais oneroso do país, tem um nível de ensino que pai nenhum bota o filho para estudar voluntariamente. O custo por aluno público do DF, é mais alto que a mensalidade da maioria das escolas particulares, e a diferença do nível de ensino entre um e outro gira na faixa de 40% melhor no ensino particular segundo o INEP.
Ou seja, agora, além de pagar o ensino particular dos nossos filhos, pagar o ensino público dos filhos dos outros com os nossos impostos, também teremos que pagar o transporte dos nossos filhos normalmente.

Esta é culpa por querermos ter um padrão de vida um pouco melhor, e termos feito por merecer para ter isto. Não esta sendo fácil.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O Classe Média estréia

Este blog vai tratar basicamente de assuntos cotidianos da Classe Média, que é a que carrega o Brasil nas costas e não tem direito à coisa nenhuma, tá no meio do sanduiche. Espremida entre o assistencialismo das classes D, E e F e as facilidades das classes A e B.