Desde 2003, O Governo Lula criou 35 embaixadas mundo afora, no afâ de conseguir número de votos para o Conselho de Segurança da ONU, para se ter uma idéia no Governo FHC foram criadas apenas 5.
Veja este caso de Tuvalú numa matéria do Blog do Augusto Nunes, no Site da Veja.
Se alguém perguntar se sabe o que é Funafuti, Lula vai imediatamente exigir, com uma expressão maliciosa, um punhado de detalhes picantes. Se alguém sugerir que vá para Tuvalu, estará exposto a um acesso de cólera do presidente perplexo com o insulto. Ele acabou de autorizar a instalação em Funafuti, capital do país, da embaixada do Brasil em Tuvalu. Como não lê o que assina, nem conferiu na diagonal o texto do decreto 7.1297 de 2 de junho de 2010, que acrescentou mais uma extravagância à procissão de representações diplomáticas ampliada irresponsavelmente pelo Itamaraty de Celso Amorim. É compreensível que pense que Funafuti é alguma coisa proibida para menores e que Tuvalu é um palavrão em língua estranha.
A agenda de 2 de junho informa que Lula assinou a certidão de nascimento do filhote caçula do Itamaraty às 11 da manhã de uma quarta-feira mansa. Despachou com Gilberto Carvalho, foi entrevistado pela TV Esporte Interativo, depois pela TV Bandeirantes e, antes da audiência com o ministro da Educação, Fernando Haddad, subscreveu o papelório que Amorim lhe entregou. Teve tempo de sobra para leituras. Faltaram ânimo e interesse. Há mais de sete anos empenhado na obtenção de uma vaga no Conselho de Segurança da ONU, o presidente não cria embaixadas: espalha comitês de campanha. Deve haver ao menos um em qualquer país com direito a voto. Pode ser a Bélgica. E pode ser Tuvalu.
Encarregado de “chefiar cumulativamente” o exotismo, o embaixador na Nova Zelândia recebeu a missão de garantir o endosso de Tuvalu aos devaneios megalomaníacos da potência emergente. É tudo. Não há outros interesses a defender, muito menos negócios a fazer, nesse agrupamento de nove atóis coralinos perto da Polinésia, nas lonjuras do Pacífico, habitado por menos de 13 mil tuvaluanos, 4.500 dos quais alojados na capital, Funafuti. Todos são súditos da rainha da Inglaterra desde que foi instituída a monarquia constitucional associada à Commonwealth.
Elizabeth II é a chefe de Estado e nomeia o governador-geral. Mas quem manda mesmo é o primeiro-ministro, escolhido pelos 15 integrantes do Parlamento. Por falta de emissoras de rádio e televisão, quem deseja informar-se tem de comprar as edições quinzenais do único jornal do lugar. A tiragem segue estacionada em 500 exemplares.
A economia é baseada na exportação de copra, a polpa seca do coco, e pandano, planta comestivel também usada em artesanato. Complementadas pelo arrendamento da bandeira nacional a navios de origem tão suspeita quanto as atividades dos tripulantes, essas fontes de renda mantêm o PIB na faixa dos US$ 15 milhões.
Enquanto perde eleições sucessivas na sede da ONU em Nova York, o governo Lula estreita relações com aberrações longínquas, cobre de favores os vizinhos cucarachas, fecha acordos com ditaduras repulsivas, perdoa dívidas de larápios africanos ─ e planta embaixadas compulsivamente nos grotões do planeta, como atesta o caso de Funafuti. Para quê? Para nada.
A seis meses do fim do mandato, Lula continua torrando o dinheiro dos pagadores de impostos com a placidez do inquilino que prorrogou unilateralmente o contrato de aluguel. Alguém precisa avisá-lo de que o prazo para a saída não mudou. Se não quiser voltar para casa, os brasileiros que sustentam a gastança vão acabar mandando Lula para Tuvalu.
domingo, 25 de julho de 2010
domingo, 11 de julho de 2010
E a burguesia do capital alheio se esbalda
Estes são os que não tem nada a reclamar.
Todo trabalhador de carteira assinada paga compulsoriamente o equivalente a um dia de salário por ano para o governo, por meio da contribuição sindical. Criado nos anos 1940, o imposto manteve o modelo de repartição dos recursos arrecadados intacto até 2008: 60% para os sindicatos, 20% às federações e confederações sindicais e 20% ficava no governo. A Lei 11.648, aprovada em abril de 2008, diminuiu a parcela do governo pela metade, repassando 10% do total arrecadado às centrais sindicais.
Para definir quais centrais receberiam os recursos, o Ministério do Trabalho desenvolveu um modelo de representatividade sindical. Esse cálculo leva em conta o número de sindicatos pertencentes a cada central e a base de trabalhadores representada por cada sindicato. Assim, o sindicato dos metalúrgicos do ABC, com 100 mil operários na base, representa mais dinheiro que o sindicato dos trabalhadores da indústria de sucos de São Paulo, que tem em sua base pouco menos de quatro mil trabalhadores. Foi estabelecido, então, que receberiam recursos as centrais que atingissem ao menos 5% de representatividade. Seis delas conseguiram: CUT, Força, UGT, CTB, NCST e CGTB.
A partir de 2011, as regras do governo vão ficar mais seletivas. As entidades precisarão ter 7% até o fim desse ano - NCST e CGTB ainda não atingiram esse patamar. Em 2008 e 2009 foram transferidos R$ 146,5 milhões às centrais. Em 2010, mais de R$ 100 milhões devem ser repassados às seis centrais, que recebem de acordo com sua representatividade. Duas centrais menores, Conlutas e Intersindical, se fundiram em congresso realizado em junho, mas ainda assim não atingem 2,5% de representatividade.
Todo trabalhador de carteira assinada paga compulsoriamente o equivalente a um dia de salário por ano para o governo, por meio da contribuição sindical. Criado nos anos 1940, o imposto manteve o modelo de repartição dos recursos arrecadados intacto até 2008: 60% para os sindicatos, 20% às federações e confederações sindicais e 20% ficava no governo. A Lei 11.648, aprovada em abril de 2008, diminuiu a parcela do governo pela metade, repassando 10% do total arrecadado às centrais sindicais.
Para definir quais centrais receberiam os recursos, o Ministério do Trabalho desenvolveu um modelo de representatividade sindical. Esse cálculo leva em conta o número de sindicatos pertencentes a cada central e a base de trabalhadores representada por cada sindicato. Assim, o sindicato dos metalúrgicos do ABC, com 100 mil operários na base, representa mais dinheiro que o sindicato dos trabalhadores da indústria de sucos de São Paulo, que tem em sua base pouco menos de quatro mil trabalhadores. Foi estabelecido, então, que receberiam recursos as centrais que atingissem ao menos 5% de representatividade. Seis delas conseguiram: CUT, Força, UGT, CTB, NCST e CGTB.
A partir de 2011, as regras do governo vão ficar mais seletivas. As entidades precisarão ter 7% até o fim desse ano - NCST e CGTB ainda não atingiram esse patamar. Em 2008 e 2009 foram transferidos R$ 146,5 milhões às centrais. Em 2010, mais de R$ 100 milhões devem ser repassados às seis centrais, que recebem de acordo com sua representatividade. Duas centrais menores, Conlutas e Intersindical, se fundiram em congresso realizado em junho, mas ainda assim não atingem 2,5% de representatividade.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
ESta é triste, já que somos nós que sustentamos estes neo marajás.
Judiciário quer reajuste de 56% e salário de quase R$ 9 mil para copeiro
Autor(es): Lu Aiko Otta, Luiz Alberto Weber
O Estado de S. Paulo - 23/06/2010
Projeto que tramita no Congresso justifica aumento para 100 mil funcionários dizendo que valores atuais estão defasados em relação ao Executivo e Legislativo; estudo indica que vantagens pessoais podem elevar o vencimento do analista jurídico a R$ 33 mil
Os tribunais superiores do País se propõem a pagar até R$ 8.479,71 a funcionários que têm apenas instrução fundamental e desempenham funções de apoio, como copeiros, contínuos ou operadores de copiadora. O salário inicial é de R$ 3.615,44.
Essa situação será criada pela aprovação do projeto de lei 6.613/2009, de autoria do próprio Judiciário, em tramitação no Congresso. A proposta dá reajuste médio de 56% aos 100 mil funcionários do Judiciário. Profissionais de nível técnico poderão ganhar até R$ 18.577,88 e os de nível superior, R$ 33.072,55 ? acima do teto do serviço público, que é de R$ 26.723,13.
Os supersalários não constam do projeto, cujo anexo informa apenas o valor do vencimento básico, somado a uma gratificação. Mas o estudo de impacto salarial feito pelo Ministério do Planejamento indica que os contracheques podem dobrar de valor se forem somadas vantagens pessoais.
Exemplo. Nas tabelas que circulam no Congresso, o analista judiciário ganharia, no topo, R$ 16.324,61. Mas o vencimento bruto chega a R$ 33.072,55, num caso extremo. É o caso de um profissional que ocupe cargo de confiança ? chamado "cargo em comissão", que rende adicional de até R$ 7.596,39 ? há duas décadas, recebendo por isso dez "décimos", no total de R$ 7.791,17, e tenha doutorado, ganhando R$ 1.360,38 a mais.
"Alguns servidores podem chegar a essa situação, mas é coisa de 1% a 2% da carreira", disse Jailton Mangueira Assis, coordenador de Administração e Finanças do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (Sindjus-DF). "Cerca de 60% não têm incorporação nenhuma."
Ele afirma que profissionais de nível básico com salários polpudos são exceção. "Deve ter umas 100 ou 200 pessoas, no máximo, nessa condição." Segundo Assis, há muito tempo não se faz concurso público para profissionais de nível fundamental, pois atualmente empresas terceirizadas se ocupam dessas funções.
Em defesa do reajuste, os funcionários do Judiciário argumentam que seus salários estão defasados em relação aos dos colegas do Executivo e do Legislativo. Isso estaria provocando alta rotatividade nos tribunais, "com prejuízos no que se refere à celeridade e à qualidade da prestação jurisdicional", diz a justificativa incluída no projeto. Parecer da área econômica diz o contrário: se os reajustes foram concedidos, os funcionários do nível técnico e auxiliar ganharão mais do que o equivalente no Executivo, o que é inconstitucional.
Recesso. O projeto foi enviado ao Congresso em dezembro, com a assinatura de todos os presidentes de tribunais superiores. Em maio, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, visitou o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que negou terem discutido o reajuste. A matéria ? aprovada pela Comissão de Trabalho da Casa ? precisa passar por mais duas comissões.
"Estamos na expectativa de um acordo com o Ministério do Planejamento que permita levar o projeto para o plenário", explicou Assis. Isso encurtaria o tempo de tramitação. Do contrário, não haverá tempo para votar o projeto antes do recesso parlamentar. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, tem dito que não há como pagar o reajuste este ano.
Judiciário quer reajuste de 56% e salário de quase R$ 9 mil para copeiro
Autor(es): Lu Aiko Otta, Luiz Alberto Weber
O Estado de S. Paulo - 23/06/2010
Projeto que tramita no Congresso justifica aumento para 100 mil funcionários dizendo que valores atuais estão defasados em relação ao Executivo e Legislativo; estudo indica que vantagens pessoais podem elevar o vencimento do analista jurídico a R$ 33 mil
Os tribunais superiores do País se propõem a pagar até R$ 8.479,71 a funcionários que têm apenas instrução fundamental e desempenham funções de apoio, como copeiros, contínuos ou operadores de copiadora. O salário inicial é de R$ 3.615,44.
Essa situação será criada pela aprovação do projeto de lei 6.613/2009, de autoria do próprio Judiciário, em tramitação no Congresso. A proposta dá reajuste médio de 56% aos 100 mil funcionários do Judiciário. Profissionais de nível técnico poderão ganhar até R$ 18.577,88 e os de nível superior, R$ 33.072,55 ? acima do teto do serviço público, que é de R$ 26.723,13.
Os supersalários não constam do projeto, cujo anexo informa apenas o valor do vencimento básico, somado a uma gratificação. Mas o estudo de impacto salarial feito pelo Ministério do Planejamento indica que os contracheques podem dobrar de valor se forem somadas vantagens pessoais.
Exemplo. Nas tabelas que circulam no Congresso, o analista judiciário ganharia, no topo, R$ 16.324,61. Mas o vencimento bruto chega a R$ 33.072,55, num caso extremo. É o caso de um profissional que ocupe cargo de confiança ? chamado "cargo em comissão", que rende adicional de até R$ 7.596,39 ? há duas décadas, recebendo por isso dez "décimos", no total de R$ 7.791,17, e tenha doutorado, ganhando R$ 1.360,38 a mais.
"Alguns servidores podem chegar a essa situação, mas é coisa de 1% a 2% da carreira", disse Jailton Mangueira Assis, coordenador de Administração e Finanças do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (Sindjus-DF). "Cerca de 60% não têm incorporação nenhuma."
Ele afirma que profissionais de nível básico com salários polpudos são exceção. "Deve ter umas 100 ou 200 pessoas, no máximo, nessa condição." Segundo Assis, há muito tempo não se faz concurso público para profissionais de nível fundamental, pois atualmente empresas terceirizadas se ocupam dessas funções.
Em defesa do reajuste, os funcionários do Judiciário argumentam que seus salários estão defasados em relação aos dos colegas do Executivo e do Legislativo. Isso estaria provocando alta rotatividade nos tribunais, "com prejuízos no que se refere à celeridade e à qualidade da prestação jurisdicional", diz a justificativa incluída no projeto. Parecer da área econômica diz o contrário: se os reajustes foram concedidos, os funcionários do nível técnico e auxiliar ganharão mais do que o equivalente no Executivo, o que é inconstitucional.
Recesso. O projeto foi enviado ao Congresso em dezembro, com a assinatura de todos os presidentes de tribunais superiores. Em maio, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, visitou o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que negou terem discutido o reajuste. A matéria ? aprovada pela Comissão de Trabalho da Casa ? precisa passar por mais duas comissões.
"Estamos na expectativa de um acordo com o Ministério do Planejamento que permita levar o projeto para o plenário", explicou Assis. Isso encurtaria o tempo de tramitação. Do contrário, não haverá tempo para votar o projeto antes do recesso parlamentar. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, tem dito que não há como pagar o reajuste este ano.
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